Todo risco planejado tem a capacidade de colocar a empresa em um novo patamar de negócios. Faz parte do planejamento estratégico definir metas para cada ano.
Esses objetivos podem ser divididos em mensais, bimestrais ou até mesmo semestrais, a depender da dificuldade em atingi-los e contando também com todas as ações paralelas necessárias para conquistar cada um deles.
Estabelecer metas é sempre importante; afinal, é sabendo aonde a empresa quer chegar que é possível realizar ações voltadas para isto. É como diz o ditado popular: “Para quem não sabe aonde quer chegar, qualquer caminho serve”.
Mas a pergunta correta não é “porque estabelecer metas” e sim “como estabelecê-las”.
Empresário: você sabe definir metas?
O erro de boa parte dos empresários é olhar somente para si no momento de planejar as próprias ações.
Pensar estrategicamente a fim de obter resultados relevantes e satisfatórios é levar em conta o momento do mercado e tirar disto as possibilidades para definir os caminhos mais efetivos e seguros de atingimento de metas e destaque no seu seguimento de negócio.
Todo planejamento deve começar pela base sustentadora do negócio. E isso muda muito de empresa para empresa. Depende, por exemplo, se ela oferece produtos ou serviços, ou ambos; depende do público-alvo; depende do ciclo do produto ou serviço; e depende da necessidade do mercado – a famosa “lei da oferta e da procura”.
Portanto, as primeiras metas devem ser para manter a organização estável. Em seguida, é preciso focar na concorrência, ou seja, pensar em diferenciais, inovações e isso vai desde encontrar um novo produto para ser oferecido ao público até uma forma de customizar os serviços para os clientes de maneira única no mercado. É essa a tal da “vantagem competitiva”, tão apregoada por economistas renomados.
Por fim, é hora de planejar os riscos. Engana-se quem pensa que correr riscos é colocar a organização em situação de insegurança financeira. Correr riscos é, na verdade, planejar ações muito diferentes do que já se fez na empresa até então, mas que articuladas às outras metas – que já precisam ter sido atingidas – têm a capacidade de inserir a empresa em um novo patamar de negócios.
Planejar riscos é a forma mais eficaz de manter a organização produtiva e crescente. Por mais que o momento econômico não seja favorável, é sempre importante montar o planejamento da base para o topo, pois é na base que está o mais relevante – aquilo que sustenta o negócio. No topo, temos que pensar nas inovações e nos riscos – pensar naquilo que eventualmente pode ser postergado para um outro momento em razão da situação atual.
Para este período de algumas incertezas quanto à nossa economia e quanto aos rumos do nosso País, sugiro cautela por parte dos empresários, mas aconselho também que não deixem o ano passar em branco.
Muitas vezes, os momentos de dúvida podem ser os grandes responsáveis pelas melhores iniciativas, capazes de alavancar significativamente os negócios.
Vamos em frente!
Milton Braz Bonatti