A contabilidade não foi inventada para permitir que o governo possa saber o quanto as empresas faturam e quais foram os seus lucros e, daí, cobrar os tributos incidentes. Esse é um erro de interpretação que muitos empresários cometem.
Sabe-se que a contabilidade surgiu antes mesmo do que a própria escrita. Os seus primeiros indícios, remontam ao início da civilização. A partir daí, ela foi evoluindo, período após período, tornando-se cada vez mais necessária na vida cotidiana da humanidade. É, em resumo, o que podemos chamar atualmente de o principal controle que uma organização empresarial deve ter.
A contabilidade, nos tempos atuais, é uma ferramenta de gestão, que tem como finalidade fornecer informações relevantes sobre o património da empresa e do negócio. Os gestores, gerentes e os tomadores de decisões nas organizações têm nas mãos, um conhecimento realista sobre a situação econômica e financeira da empresa, permitindo-lhes tomar decisões de gestão com base em dados objetivos, mitigando as falhas e erros de administração que possam vir a ocorrer.
Para os contadores, falar da importância da contabilidade para os empresários é o mesmo que falar da relevância da profissão contábil. No entanto, o contador é visto como um grande burocrata, o profissional responsável pelos números chatos e análises que não trazem impacto direto, mas sim, desembolsos constantes, tanto de tributos como de mensalidades, muitas vezes consideradas exorbitantes. O ponto central é que a fama do contador não é nada boa.
E como rebater esse argumento?
Sempre acreditei que o caminho é esclarecendo o verdadeiro papel da ciência contábil, demonstrando a utilidade da contabilidade. Para isso, é preciso ter clareza sobre o conceito e a importância dela, bem como das rotinas que essa ciência assume em um negócio e, o mais relevante, demonstrar como o contador pode transformar positivamente a realidade de uma empresa.
A contabilidade é, na prática, a ciência da riqueza. Para os teóricos importantes dessa área do conhecimento, é uma ciência ou serviço que estuda e coloca em prática funções de registros e controles relativos a atos e fatos da economia e da própria administração, tendo papel crucial na tomada de decisões. Sem as informações e relatórios que somente um contador compreende e explica, o empresário sozinho não consegue enxergar a quantas anda a sua empresa.
A Contabilidade Consultiva é uma ferramenta de tomada de decisão. É o modelo de negócios em que o contador tem como foco o relacionamento com o cliente e utiliza a contabilidade para diagnosticar e cuidar da saúde financeira da empresa, seja ela pequena, média ou grande. A forma com a qual o contador demonstra o que se passa na empresa, leva o empresário à riqueza e à prosperidade.
O contador tradicional, burocrata, não consegue demonstrar valor. E isso ocorre porque ele se limita a entregar guias e, quando muito, balancetes. Na Contabilidade Consultiva, o contador sabe que isso é só o início, porque existe a necessidade de analisar e traduzir as informações contábeis para os empresários.
O papel do contador é fazer a ponte entre a informação técnica e a gestão do negócio, é encarar as demonstrações contábeis como exigência formal e como fonte de informações valiosas.
A análise e a interpretação de dados contábeis é a verdadeira transformação para um negócio. Nessas situações, o contador pode identificar insolvência financeira, riscos de falência e outros problemas que podem prejudicar o empresário. Com isso, é possível agir preventivamente.
Se você quer entender como a Contabilidade Consultiva se desdobra na prática, converse com um contador que a pratique.
Milton Braz Bonatti